Acordos comerciais globais são essenciais para desenvolvimento do setor. Mas é preciso cautela
Uma abertura econômica via acordos comerciais, junto com a realização de reformas estruturais, é a maneira mais adequada de inserir o Brasil no mercado global, defendem especialistas. Mas o país ainda enfrenta problemas básicos como competitividade e estrutura.
Em recente estudo da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), a instituição defende que “a inserção do Brasil no comércio global deve ser realizada via acordos comerciais, bilaterais, regionais ou multilaterais”. No documento, a Abimaq critica a falta de uma política estratégica, estruturada e coordenada de inserção do Brasil no comércio global. Na visão da entidade, uma abertura comercial unilateral reduziria o poder de barganha do Brasil em mercados onde há vantagem competitiva.
De acordo com a secretária executiva do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Yana Dumaresq, a questão não é se haverá uma estratégia de abertura, mas como isso será feito. “O Mdic entende que a forma é por meio de acordos comerciais. É um instrumento eficiente e previsível para o Estado”, afirmou durante evento promovido pela própria Abimaq.
Um aprofundamento da abertura comercial também é defendido pelo vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), José Ricardo Roriz. Segundo ele, o aprofundamento da abertura comercial deve ocorrer de maneira negociada com o objetivo de promover o crescimento com maior agregação de valor nas cadeias produtivas brasileiras. “Estamos vendo, cada vez mais, uma primarização de nossas exportações”, diz.
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